Apesar da pouca idade, apenas 20 anos, a pivô Kamilla Cardoso já
escreve uma história de sucesso nas quadras. Na recente participação da
competição AmeriCup 2021, entre 11 e 19 de junho, em San Juan, Porto Rico,
vestindo a camisa da seleção brasileira de basquete feminino, ela conquistou,
ao lado das demais atletas, a medalha de bronze, após a vitória sobre o Canadá
por 87 a 82 na segunda prorrogação, um feito que traz a esperança de que nossa
equipe possa evoluir e retornar às competições internacionais (Mundial e
Olimpíada). “Demos o nosso máximo e deixamos tudo de nós em quadra,
principalmente contra o Canadá, que foi um jogo muito difícil e emocionante”,
relembra a pivô.
A mais jovem em quadra, Kamilla rendeu acima do esperado para uma
estreante terminando o torneio como a melhor jogadora do Brasil no ranking de
eficiência. Além disso, é de se ressaltar a versatilidade da atleta e o ótimo
tempo de bola que possui para bloqueios e rebotes. Para ela, esse alto
desempenho é fruto também da convivência com outras jogadoras na sua posição,
“como as experientes Érica, Clarissa e Nádia; o que foi muito bom para mim,
porque eu pude aprender bastante com elas”.
Mas o que talvez muitos não saibam é que essa gigante, tanto em
altura (2,01m) como em talento para jogar, veio de família humilde, que passou
por grandes desafios em sua terra natal: Montes Claros, no norte de Minas
Gerais. Lá, naquele início de jornada, ela teve o apoio fundamental da Legião
da Boa Vontade (LBV), onde participou dos 8 aos 10 anos de idade das atividades
do serviço de convivência Criança: Futuro no Presente!, no qual diz ter
aprendido a desenvolver a disciplina e o respeito ao próximo. “Eu tenho
memórias marcantes da LBV, mas a que vai ficar gravada para sempre em meu
coração é a disponibilidade dos educadores de cuidar das crianças com muito
Amor, carinho, fazendo tudo o que podiam, não deixando faltar nada para
nós.”
Olhando para seu próprio caminho, Kamilla ressaltou o valor do
estímulo à atividade física ainda na infância. “Na minha opinião, o esporte é
uma forma de as crianças se divertirem e poderem ainda melhorar a vida, de
tirá-las das ruas e incentivá-las a seguir o caminho certo.”
Ao falar do grave período por que passa o país no combate ao novo
coronavírus, no qual as populações em situação de vulnerabilidade social sofrem
ainda mais, tendo direitos fundamentais, como o da segurança alimentar e o da
educação, ameaçados, ela destacou a relevância de a sociedade colaborar com a
Entidade. “É muito importante ajudar a LBV, todo mundo que tem condições deve
fazer isso, porque nós estamos passando por um momento bastante difícil, e a
LBV salva vidas. Eu posso falar disso, porque a LBV salvou a minha vida!”
As histórias de atletas promissores e de outros que estão
iniciando sua jornada esportiva, para os quais a LBV faz grande diferença,
tanto por incentivá-los nesse caminho quanto por apoiar suas famílias a vencer
vulnerabilidades podem ser conferidas acessando www.lbv.org.
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