O coração é o órgão responsável pelo bombeamento de sangue para os diversos órgãos do corpo, por isso ele é essencial para a vida dos nossos pets, e o Setembro Vermelho foi criado com o intuito de conscientizar os tutores sobre o assunto. Os animais também podem desenvolver diversas doenças relacionadas ao coração, ainda mais dependendo do porte do animal, como explica o veterinário e professor do curso de medicina veterinária do UniFavip Wyden, Ieverton Cleiton Correia.
“Quando falamos em doenças cardíacas precisamos pontuar as
diferenças de porte do animalzinho, cães de pequeno porte são mais propensos às
doenças da válvula mitral, que apresentam como principais sintomas a tosse
seca, dificuldade respiratória e intolerância aos exercícios, o que pode
parecer um problema pulmonar aos olhos do tutor. Já cães de grande porte são
mais propensos para a cardiomiopatia dilatada, que está relacionada à
intolerância dos exercícios, desmaios, arritmias e em alguns casos mais graves
podem levar ao falecimento súbito do animal”, ressalta.
O docente do UniFavip enfatiza ainda outra enfermidade mais
comum, que pode atacar o coração dos pets. “Outra doença que pode afetar tantos
os cães de pequeno, como os de grande porte é a dirofilariose – mais conhecida
como verme do coração –, que tem sido muito encontrada em Pernambuco. Ela pode
levar a tosse, indisposição, dificuldade respiratória e aumento da frequência
respiratória. A contaminação se dá por meio de um mosquito, mais comum em áreas
de floresta e praia”, afirma.
O médico veterinário alerta também para o perigo no silêncio
de doenças desta natureza cardiológica nos felinos domésticos. “Os gatos são
animais que são predispostos para a cardiomiopatia hipertrófica, e pode ser um
diagnóstico difícil, pois é uma doença que pode permanecer sem sintomas por
bastante tempo, quando apresentam sinais normalmente são grande dificuldade
respiratória e cansaço. É uma doença que tem um caráter genético, e pode afetar
pacientes de qualquer idade”, explica o veterinário, que finaliza com
orientações:
“Sobre a prevenção e diagnóstico dessas doenças, além de manter
o paciente com uma vida saudável, com alimentação adequada e exercícios
constantes, é importante o conhecimento sobre a raça do animal, já que algumas
doenças podem ser transmitidas pelos genes dos pais; prestar sempre atenção aos
sinais de mudança de comportamento do seu pet; ir periodicamente ao veterinário
é essencial para o diagnóstico, pois somente um especialista pode realizar os
exames adequados para o correto diagnóstico da doença e o tratamento indicado.
Se o animal já é idoso é ainda mais importante que você o leve ao veterinário
para avaliação cardíaca”, conclui.
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