Por Lívia Carolina Amâncio
A relação entre alimentação saudável e a prevenção de
doenças é um tema central na atuação de qualquer nutricionista. A ciência já
demonstrou que os alimentos têm um impacto direto sobre nossa saúde, desde a
prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, até a manutenção do
bem-estar geral. Diante de uma crescente epidemia de obesidade e doenças
relacionadas à má alimentação, torna-se imprescindível promover a
conscientização coletiva sobre a importância de uma alimentação equilibrada.
A obesidade está diretamente ligada a uma alimentação
inadequada, rica em alimentos ultraprocessados, gorduras saturadas e açúcares
refinados. O excesso de peso não só aumenta o risco de doenças
cardiovasculares, como também está associado a câncer, diabetes tipo 2 e
problemas articulares, impactando gravemente a qualidade de vida. Para combater
esses problemas, é fundamental adotar uma alimentação saudável que possa agir
como uma verdadeira "medicina preventiva".
Para prevenir doenças e manter um peso saudável, os
nutricionistas recomendam algumas dicas práticas que incluem, por exemplo,
priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como os alimentos
frescos; evitar ultraprocessados e produtos industrializados; fracionar as
refeições, comendo em intervalos regulares ao longo do dia; e garantir uma
hidratação adequada, com a recomendação de consumir de dois a três litros de
água por dia. Além disso, é importante praticar a moderação. Não é preciso
eliminar completamente os alimentos prazerosos, mas o consumo de doces,
frituras e bebidas alcoólicas deve ser moderado.
Apesar de o caminho para uma alimentação saudável parecer
simples em teoria, na prática, os desafios são muitos. O acesso a alimentos
saudáveis ainda é limitado para grande parte da população, especialmente em
áreas de baixa renda, onde os ultraprocessados costumam ser mais baratos e
acessíveis. Além disso, a rotina corrida e o sedentarismo contribuem para
escolhas alimentares inadequadas e falta de tempo para cozinhar.
Para superar esses desafios, é necessário não apenas
adotar mudanças individuais, mas também promover políticas públicas que
favoreçam o acesso a alimentos saudáveis e a educação nutricional,
principalmente nas escolas. O combate à obesidade e às doenças relacionadas à
alimentação começa no prato, mas exige uma ação coletiva para criar ambientes
que favoreçam escolhas alimentares conscientes e saudáveis.
Lívia Carolina Amâncio é Mestra em Ciências Fisiológicas,
coordenadora e docente do curso de Nutrição da Wyden.
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